Experiência Schumacher Brasil: O que precisa morrer para a vida regenerar? (online)

“Estes tempos pedem que nos deixemos cair em direção à terra.
É um encontro com a morte.
Com a ancestralidade.
Com o solo.”
Báyò Akómoláfé

Para a maioria de nós, falar em morte é assustador. Tentamos ao máximo evitar esse tipo de experiência, temos dificuldade em falar sobre ou estudar esse tema. Mas, e se os processos de morte forem parte indispensável da vida, necessária para sua regeneração?

Querendo ou não, as múltiplas crises que vivemos tem nos feito confrontar mortes de formas cada vez mais inesperadas e dolorosas. Das inundações no Rio Grande do Sul ano passado aos incêndios florestais em Los Angeles nesse início de ano, dos conflitos armados à pandemia de saúde mental.

Como reagimos a esse cenário?

Muitas vezes com mais do mesmo: mais controle, mais resistência, mais tentativas de “salvar” e “consertar” usando as mesmas lógicas que nos trouxeram até aqui. Nossa cultura moderna mantém uma profunda aversão aos fins, às transformações, à morte – seja ela literal ou simbólica.

Mas, apesar de todos os avanços científicos e tecnológicos, a morte segue se aproximando de nós. Parece que há algo fundamental sobre a morte que ainda precisamos compreender, algo que nos permita nos reconciliar com esses ciclos da natureza, e abrir espaço para as transformações regenerativas que o planeta tem nos demandado.

Que outras formas de se relacionar com a morte poderiam potencializar a regeneração?

Observe a natureza e as agroflorestas: as podas e a decomposição da matéria orgânica no solo é que promovem a regeneração da terra e o florescimento da vida. Todo ecossistema saudável tem esse ciclo de morte-vida em pleno funcionamento. Não apenas os sistemas naturais, mas muitas culturas indígenas mantém viva outras formas de se relacionar com os ciclos naturais, entendendo o humano como parte da natureza, e podendo oferecer alternativas de como lidar com a morte.

É com esse intuito que reunimos três perspectivas únicas neste programa, para nos ajudar a deslocar nossa compreensão sobre regeneração a partir de outros entendimentos sobre a morte. Teremos com a gente professores e ativistas que muito nos inspiram:

Allan Kaplan e Sue Davidoff – criadores do Ativismo Delicado, uma prática de observação fenomenológica que nos ajuda a perceber e participar dos processos vivos da natureza;
Jerá Guarani – liderança indígena que traz a sabedoria do povo Guarani Mbyá sobre nossa relação com a terra e seus ciclos de morte e regeneração;
Báyò Akómoláfé – pensador nigeriano enraizado na tradição Yorubá, que nos provoca a encontrar outras formas de responder às crises de nosso tempo, e que foi a inspiração para aprofundarmos nesse tema.

Através de práticas de observação e diálogos com estes pensadores do Sul Global, buscaremos caminhos para nos reconciliar com os ciclos de morte e regeneração que se mostram urgentemente necessários nos tempos que vivemos.

PARA QUEM É ESTA EXPERIÊNCIA?

– Pessoas em busca de um espaço seguro e apoio para explorar temas sensíveis e questões de nosso tempo;
– Profissionais, ativistas e educadores buscando perspectivas mais profundas e decoloniais sobre regeneração e transformação social;
– Pessoas interessadas em aprender com a sabedoria ancestral do Sul Global sobre outras formas de se relacionar com a natureza e a regeneração;
– Para quem busca fortalecer sua capacidade de navegar as incertezas e transformações de nosso tempo contribuindo para a regeneração planetária;
– Pessoas dispostas a questionar certezas estabelecidas e explorar novas formas de pensar e se relacionar com o mundo;

Por se tratar de uma experiência que aborda temas profundos e desafiadores, é importante haver disposição para navegar emoções desconfortáveis e processos de transformação pessoal e coletiva, com abertura para diferentes perspectivas e formas de conhecimento, em um espaço de confiança, apoio e senso de comunidade.

Data: De 18 de fevereiro de 2025 a 20 de fevereiro de 2025.

ESTRUTURA DO PROGRAMA

Nossa jornada de investigação será composta por três momentos:

PREPARAÇÃO |
Como base para nossa investigação coletiva, os participantes terão acesso antecipado à provocadora conversa com Báyò Akómoláfé realizada no programa ‘Entre Mortes e Sonhos: REGENERAR’, que inspirou esta Experiência.

IMERSÃO | 18 a 20 de fevereiro de 2025
Durante três dias, nos encontraremos online seguindo este ritmo diário:

08:00 – 08:45 | Prática fenomenológica de observação
Momentos para desenvolver uma capacidade mais refinada de perceber o mundo,
e os ciclos de morte e vida que nos cercam.

09:00 – 10:15 | Diálogo com professor convidado
18.fev – Allan Kaplan e Sue Davidoff
19.fev – Jerá Guarani
20.fev – Báyò Akómoláfé

10:30 – 11:45 | Sessão para fazer sentido
Com Bia Tadema e Luiz Gabriel
Espaço para a prática reflexiva, vamos trocar e tecer sentidos pessoais e coletivos a partir das conversas com os professores convidados, criando pequenos passos possíveis de ação

INTEGRAÇÃO | 24 de fevereiro de 2025
Na semana após a imersão, nos reuniremos novamente em um encontro de reflexão com Bia e Luiz (10:30 – 11:45), onde refletiremos sobre como as provocações do programa reverberam em nossas vidas e práticas.

As sessões com professores internacionais contarão com tradução simultânea, e todas as sessões serão gravadas e disponibilizadas aos participantes (exceto as conversas em grupos menores).
Caso você não possa participar ao vivo de algum dia, este é um programa que também funciona como percurso auto-dirigido através das gravações e orientações.

CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA

Contribuição mínima (R$100/dia, total R$300)
Valor mínimo para participação, que nos permite cobrir os custos de realização do curso.

Contribuição suporte
(R$150/dia, total R$450)
Além de cobrir os custos de realização do curso, viabiliza a oferta de uma bolsa parcial.

Contribuição abundante (R$190/dia, total R$570)
Além de cobrir os custos de realização do curso, viabiliza a oferta de uma bolsa integral.

Bolsa parcial (R$50/dia, total R$150)
Valor com bolsa parcial, para aqueles que não puderem cobrir os custos mínimos de participação no curso.

Se você não precisar de uma bolsa para participar, por favor envie um email solicitando com o assunto “bolsa experiência 2025” para contato@escolaschumacherbrasil.com.br

INSCREVA-SE AQUI

Status: Inscrições abertas.