Novas economias na prática: integrando estratégia e vida real

Novas Economias na prática: integrando estratégia e vida real

Como participar ativamente da emergência de organizações que não busquem apenas transformações ‘positivas’ mas também novas maneiras de se trabalhar?

Este curso irá explorar novas economias na prática a partir do contexto dos participantes nas suas organizações.

Ao longo dos cursos e programas oferecidos pela Escola Schumacher Brasil desde 2014, os participantes frequentemente trouxeram experiências e desafios enfrentados no dia a dia das organizações. Muitos sentiam vontade de fazer parte da articulação de uma economia que considere o bem estar das pessoas e o florescimento da vida no planeta. Muitos também questionavam as maneiras pelas quais eles poderiam trabalhar juntos para que essa realidade, sonho, visão, intenção se realizasse.

Como participantes de organizações, somos especialistas em criar visões, estratégias, objetivos, modelos, estruturas e teorias de mudança. Embora muitas dessas ferramentas possam ser úteis para nos dar um senso de direção coletiva, abrir novas maneiras de ver o que é possível e chegar a um acordo sobre um plano, há um grande ‘gap’ entre o que essas ferramentas prometem (previsibilidade e controle) e o que realmente acontece na vida diária das organizações.

Como podemos liderar organizações de forma que considere o fluxo constante de movimentos que as formam?

Durante quatro encontros online, trabalharemos juntos a partir do contexto em que os participantes estiverem imersos e, a partir daí, traremos referências, autores e teorias que sustentam nossas práticas.

As trocas serão inspiradas por Thich Nhat Hanh, John Shotter, Henri Bortoft, Hannah Arendt, Ralph Stacey e Tim Ingold, que podem ter algo a nos ensinar sobre emergência e Polanyi, Piketty e Max-Neef, que podem ter algo a nos ensinar sobre economia.
Este trabalho é inspirado em e sustentado por uma equipe internacional de profissionais e pesquisadores – a Schumacher Society, e dá continuidade ao legado de mais de 20 anos do trabalho da consultora e professora Patricia Shaw, co-fundadora do ‘Management and Complexity Center’ da Hertfordshire University, na Inglaterra. Este centro é reconhecido pelo desenvolvimento de uma abordagem única para a complexidade no âmbito social (“complex responsive processes of relating”).

Para quem é este curso?
-Para pessoas envolvidas com organizações: empresários, funcionários, líderes; que desejam explorar uma forma alternativa e complementar de liderar / influenciar organizações
-Pessoas que sentem falta de vitalidade em suas organizações, repletas de reuniões intermináveis ​​com resultados pré-definidos, idéias abstratas sobre estratégias e objetivos desconectados da realidade
-Pessoas que participam ou querem participar de mudanças em organizações que considerem o bem estar das pessoas e do planeta.
-Pessoas que desejam compartilhar e trabalhar com os desafios que estão enfrentando em suas organizações

O curso será ministrado por Tim Crabtree, Gui Lito e Bia Tadema que fazem parte da Research in Action, comunidade internacional de prática (Schumacher Society) criada pela professora e consultora Patricia Shaw.

Sobre Tim Crabtree: Tim é formado em Economia pela Universidade de Oxford e se dedica a “novas economias” há mais de 30 anos. Trabalhou na conceituada organização New Economics Foundation (NEF) e fundou diversos empreendimentos sociais e locais, incluindo o Wessex Reinvestment Trust group e o Dorset-based Local Food Links Ltd. Foi um dos professores responsáveis pelo Mestrado em Economia para a Transição do Schumacher College na Inglaterra, com um papel fundamental na relação que o College desenvolveu com empreendedorismo e a ampliação das questões da Economia para uma visão da complexidade e atenção plena (mindfulness).

Sobre Gui Lito: Graduado em engenharia de produção na PUC-RJ, empreendeu na LUZ.vc e Brownie do Luiz, com papeis ligados a RH e Sustentabilidade. Sua motivação era e é dissolver aparentes paradoxos, por ex: como indivíduos e organizações podem atuar de maneira a prosperarem e caberem dentro dos limites do planeta ao mesmo tempo? Como integrar eficiência do negócio com uma cultura humana? Há três anos mudou-se para o interior e segue apoiando pessoas e organizações a responderem de forma regenerativa a seus contextos. Hoje participa como consultor/educador em organizações como Escola Schumacher Brasil, Perestroika e Coco Legal.

Sobre Bia Tadema: Graduada em administração de empresas na PUC-SP, atuou por 14 anos na área de marketing e comunicação de grandes organizações. Beatriz é mestre em Economia para Transição pelo Schumacher College (Inglaterra), onde trabalhou como facilitadora junto aos mestrados de Ciências Holísticas e Economia para Transição. Hoje a frente dos movimentos da Escola Schumacher Brasil, atua como facilitadora e consultora. Sua atuação é focada em processos de organização humana a partir de uma abordagem fenomenológica, também inspirada no ‘Complex Responsive Processes of Relating’. Desde 2019 Bia integra a Schumacher Worldwide Research in Action Community, onde atua como pesquisadora.