/rachaduras/: Manhã de Pesquisa com Báyò Akómoláfé e Vanessa Andreotti

>>> Que modos de sentir, pensar e se relacionar estão sendo convidados pelas crises e possibilidades de nosso tempo?
>>> O que se torna possível quando nos reunimos para explorar estas questões com responsabilidade, olhares renovados, e corações abertos?

Convidamos você para uma manhã de investigações profundas com Báyò Akómoláfé e Vanessa Andreotti, dois pensadores imersos no trabalho de navegar as tensões da modernidade, desestabilizar suas certezas e explorar quais novas percepções e experiências podem emergir nas rachaduras dos sistemas em declínio.

Este encontro é parte de uma série de eventos conectados à produção de um novo filme sobre a vida e o trabalho de Báyò Akómoláfé, intitulado ‘Em Tempos Urgentes, Vamos Desacelerar’, dirigido por Maria Clara Parente. O filme faz parte do Projeto Regenerar, uma parceria entre a Spanda Produtora e a Simbiótica Filmes.

Nesta oportunidade única, Báyò Akómoláfé e Vanessa Andreotti se encontram para pesquisar as complementaridades de suas abordagens aos desafios globais atuais, investigando conjuntamente maneiras de compreender e responder que transcendam a colonialidade. Mais do que um workshop tradicional, este encontro cria espaço para exploração e diálogo compartilhados. Temos muita sorte de tê-los juntos no Brasil, tornando esta uma rara oportunidade de participar deste fértil encontro de mentes, corações e mãos.

Sobre as pesquisas de Báyò e Vanessa

Ambos compartilham suas investigações globalmente, oferecendo suas práticas como convites, e não como prescrições. Seus trabalhos têm muitas sinergias:

>>>Através do coletivo Gestos Rumo a Futuros Decoloniais (Gesturing Towards Decolonial Futures – GTDF), Vanessa trabalha com a criação de metodologias e imaginários para nos ajudar a enfrentar as múltiplas crises que estamos vivendo e perceber suas raízes na modernidade colonial, nos convidando a desenvolver capacidades para permanecer com questões difíceis, fazendo cuidados paliativos desses sistemas em falência, ao mesmo tempo que abrindo espaço para novas possibilidades.

>>>Enraizado na sabedoria Yorubá, Báyò explora maneiras de responder a esse contexto que vão além das formas familiares de ativismo (o que ele chama de “pós-ativismo”), investigando como nossos modos convencionais de experienciar o mundo estão levando tanto a terra quanto a nós mesmos à exaustão, e buscando por novas possibilidades nas rachaduras desses sistemas. Seu trabalho se inspira em formas alternativas de perceber e ser, desde a “percepção autista” (Erin Manning) até a ancestralidade e convivialidade africanas (“o Afroceno”).

Sobre o Condô Cultural

Para completar este cenário, nossa manhã acontecerá no Condô Cultural, um espaço artístico coletivo em São Paulo cuja história possui muitas camadas – desde estar em terras ancestrais Guarani até ter sido por muito tempo um hospital – exemplificando as tensões e legados que buscamos navegar e regenerar. Neste espaço de possibilidades ressonantes, exploraremos o que significa habitar as rachaduras de sistemas que precisam morrer, enquanto abrimos espaço para que o desconhecido possa nascer.

Sobre o formato

Será um momento que combinará a profundidade dessas investigações com a alegria de estarmos juntos e olharmos para esses desafios em comunidade — guiados pelas abordagens da Escola Schumacher Brasil e do GTDF. Passaremos por uma prática corporal de abertura, sessões individuais com os professores, um brunch saboroso com conversas de reflexão em pequenos grupos, para culminar em um diálogo final que entrelaçará todos os fios desse encontro tão especial.

Sobre as publicações dos resultados

Os aprendizados e trocas deste encontro serão registrados em vídeo para contribuir tanto com materiais educativos para as redes da Escola quanto com o novo filme com Báyò Akómoláfé, expandindo as reverberações de nossa manhã de pesquisa para além do nosso tempo juntos.

Sobre os Facilitadores

Vanessa Andreotti é co-fundadora do coletivo GTDF (Gestos Rumo a Futuros Decoloniais) e atualmente é Decana da Faculdade de Educação da Universidade de Victoria, na Columbia Britânica, Canadá. Anteriormente, ocupou a Cátedra Canadense em Raça, Desigualdades e Mudança Global, e a Cátedra David Lam em Educação Multicultural. É autora do livro “Hospicing Modernity: Facing humanity’s wrongs and the implications for social activism” (2021). Seu trabalho foca em pedagogias decoloniais e questiona perspectivas convencionais sobre educação, focando no desenvolvimento de capacidades para sustentar conversas difíceis e desconfortáveis.

Báyò Akómoláfé é poeta, filósofo e professor profundamente enraizado nas tradições Yorubá. Sua expressão reconhecida “os tempos são urgentes, vamos desacelerar” sintetiza sua busca por formas de responder às crises que rompam com as lógicas coloniais. Báyò é Professor Honorário ‘Hubert Humphrey’ de Estudos Americanos no Macalester College, em Saint Paul, Minnesota, EUA (agosto de 2025), Membro do Clube de Roma, Embaixador da Wellbeing Economy Alliance, o primeiro Bolsista W.E.B. Du Bois em Residência no Schumacher Centre for a New Economics, e o primeiro Pesquisador Residente no Instituto Aspen. Atualmente, está escrevendo seu terceiro livro, ‘An Ocean of Milk: A Parable of Love in Three Numbers’. Báyò é fundador da The Emergence Network e curador do programa “We Will Dance with Mountains”. Seu trabalho é marcado por conceitos e práticas que emergem de cosmologias indígenas e pensamentos não-ocidentais, inspirando diferentes formas de pensar e habitar o mundo.

Data: Dia 16 de fevereiro de 2025.

Local: Condô Cultural (São Paulo).

Horário: 8:30 – 14:00

Programação:
8:30 – 9:00 | Chegada e Prática Corporal de Abertura
9:00 – 10:40 | Sessões sobre as pesquisas de Vanessa e Báyò
10:40 – 12:00 | Brunch e Reflexões em Pequenos Grupos
12:00 – 14:00 | Diálogo investigativo conjunto – Entrelaçando os Fios

Interpretação bilíngue (português/inglês) durante todo o programa.

Um delicioso brunch com opções vegetarianas é oferecido pelo Condô (não incluído no valor do programa), você também pode trazer sua própria comida.

Contribuição
Contribuição Mínima: R$ 350,00 – Cobre os custos do programa
Contribuição de Apoio: R$ 650,00 – Cobre os custos e contribui com o projeto do filme
Contribuição Generosa: R$ 800,00 – Cobre os custos, contribui com o filme e possibilita uma bolsa para outro participante
Todos os valores oferecidos acima destes valores serão destinados como doação para o projeto do filme do Báyò.

Bolsas limitadas e parcelamento disponíveis mediante solicitação através do email contato@escolaschumacherbrasil.com.br (envie um email com assunto “bolsa bayo e vanessa”)

INSCREVA-SE AQUI

Status: Inscrições abertas.