Grupo de estudos do livro ‘Pensar como uma planta’, de Craig Holdrege
Grupo de estudos do livro ‘Pensar como uma planta, uma Ciência Viva para a Vida’ (‘Thinking like a plant, a Living Science for Life’) de Craig Holdrege
Quem imaginaria que as plantas podem se tornar mestras professoras de uma maneira radical de ver e interagir com o mundo?
Quando desaceleramos, voltamos nossa atenção para as plantas, as estudamos cuidadosamente e internalizamos conscientemente a maneira como elas vivem, uma transformação se inicia. Nosso pensamento se torna mais fluido e dinâmico; percebemos mais sobre a maneira como estamos inseridos no mundo; tornamo-nos sensíveis e receptivos aos contextos que encontramos; e aprendemos a participar de um mundo em constante mudança. Essas são as qualidades que precisamos para desenvolver uma relação mais saudável e de suporte à vida com o mundo ao nosso redor.
Embora seja fácil falar sobre novos paradigmas e criticar o atual estado do mundo, não é tão fácil ir além do status quo. É por isso que precisamos buscar formas práticas para desenvolver uma maneira viva de interação com o mundo.
O livro “Pensar como uma planta” (título original em inglês “Thinking like a plant”), de Craig Holdrege, é uma grande referência para nós, da Escola Schumacher Brasil, mas não só. Todos os que descobrem a riqueza e potência dessa forma de ver e estar no mundo desejam se aprofundar, aprimorar o olhar, praticar e ampliar o conhecimento que emerge da prática. Este livro apresenta uma forma orgânica de saber informada pelo modo como as plantas vivem, e nos convida a uma forma radicalmente nova de nos relacionarmos com o mundo.
Nosso convite a este grupo de estudos nasce de uma vontade de tornar estes conteúdos e práticas mais acessíveis. Como parte do processo de preparação para os encontros iremos traduzir o livro “Thinking like a plant”, que será o nosso ponto de partida para o grupo.
Como funcionarão os encontros:
Antes de cada encontro enviaremos um novo capítulo do livro para leitura prévia (original em inglês e a tradução para português).
As sessões acontecerão quinzenalmente ao longo de 04 meses num total de 09 encontros, para que os participantes tenham tempo de mergulhar na leitura do livro entre os encontros. Além da leitura, iremos propor práticas que dialoguem com os conteúdos abordados, para serem exploradas tanto ao vivo como de forma assíncrona, entre os encontros.
Será fundamental a leitura do material antes de cada encontro, a prática dos exercícios com sua planta, a presença e participação ativa de todas e todos durante os encontros ao vivo.
***No último encontro, dia 16.nov, teremos uma sessão especial com Craig Holdrege, autor do livro (com tradução simultânea).***
Para quem é este grupo de estudos?
-Para pessoas interessadas em explorar na prática uma forma relacional de estar no mundo
-Para aqueles interessados em mudar não apenas o que pensamos, mas como pensamos
-Para profissionais de todas as áreas que busquem desenvolver capacidades de percepção e participação sutis com o vir a ser do mundo
-Para pessoas interessadas em conhecer e praticar uma maneira de estar no mundo que sai da abstração e da objetividade
– Para aqueles que buscam desenvolver práticas e caminhos possíveis para superar e sanar a alienação da Natureza e seus processos
O grupo de estudos será conduzido por Rita Mendonça, Fernanda Vidal e Beatriz Tadema, professoras da Escola Schumacher Brasil.
Conheça um pouco mais o livro:
O livro Thinking like a plant, escrito em 2013, já se tornou uma grande referência para a área da fenomenologia, ciência goetheana e para a educação para sustentabilidade, a partir de uma escrita igualmente filosófica e prática. De acordo com a descrição do livro, “Pode ser fácil criticar o estado atual das coisas, mas não é tão fácil ir além do status quo. Esse livro é um guia prático para desenvolvermos uma forma viva de interação com o mundo”. Os capítulos são apresentados assim:
Introdução: uma contextualização do autor sobre o trabalho que iremos desenvolver
>Capítulo 1: um olhar sobre o pensamento objetificador. Vamos compreendê-lo como uma das muitas maneiras de se ver o mundo; útil, mas limitado.
>Capítulo 2 ao 5: um olhar sobre plantas que florescem, a partir da pergunta: podem as plantas se tornarem nossas mestras no pensamento vivo?
>Capítulo 2: estudamos como, durante o crescimento, a planta está aberta (receptiva) e ativa. Discutimos várias práticas que nos ajudam a desenvolver as habilidades perceptivas como formas de participação na vida ao nosso redor.
>Capítulo 3: foco na natureza da transformação orgânica. Conhecer as plantas dessa forma nos permite participar de qualidades essenciais da vida como o desdobramento, o crescimento e morte, a transformação, dinamismo, ritmo e um rio unificador de criatividade que cria a diversidade dos organismos.
>Capítulo 4: através de vários exemplos, vemos como o desenvolvimento das plantas depende de seu relacionamento com o ambiente ao seu redor.
>Capítulo 5: olhamos para toda a história de uma única planta, a serralha. Esse engajamento concreto com a vida específica de um outro organismo nos traz um maravilhamento e respeito em relação à sabedoria da vida na Terra.
>Capítulo 6: Conclusão: uma revolução silenciosa. Vemos tudo que foi transformado a partir dessa abertura para a observação e aprendizado com as plantas, e todas as diferentes formas nas quais podemos habitar e agir no mundo a partir dessa transformação.
Sobre Rita Mendonça: é facilitadora de processos de aprendizagem com a Natureza. É Mestre em Sociologia do Desenvolvimento pela École de Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris ( França), especialista em Planejamento Ambiental pelo programa MAB (Man and Biosphere) da Unesco, e graduada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo. É escritora com diversos artigos e livros sobre Meio Ambiente e Natureza. É cofundadora do Instituto Romã de Vivências com a Natureza, professora da Escola Schumacher Brasil, coordenadora no Brasil da Sharing Nature Worldwide e idealizadora e co-coordenadora do curso de pós-graduação A Natureza que somos – filosofias e práticas para uma atuação genuína no mundo pelA Casa Tombada.
Sobre Fernanda Vidal: mestre em Economia para Transição pelo Schumacher College (Inglaterra), Fernanda trabalha com projetos de impacto social e ambiental, em iniciativas próprias ou como consultora. O ponto de partida para novas formas de conduzir as atividades humanas é um novo olhar e relacionamento com o mundo mais que humano, razão pela qual está envolvida com estudos de conexão com a natureza.
Sobre Beatriz Tadema: mestre em Economia para Transição pelo Schumacher College (Inglaterra), Beatriz trabalhou como facilitadora junto aos mestrados de Ciências Holísticas e Economia para Transição; e está hoje à frente dos movimentos da Escola Schumacher Brasil. Atua como professora, facilitadora e consultora, levando a educação e o ethos Schumacher também a organizações de diferentes formatos e contextos. Desde 2019 integra a Schumacher Worldwide Research in Action Community como pesquisadora, onde explora muito da abordagem proposta para estes encontros.
Sobre Craig Holdrege, autor do livro: O Dr. Craig Holdrege fundou o Nature Institute, em Nova Iorque, em 1998 e foi professor no Schumacher College, Inglaterra, por muitos anos, no programa de Ciências Holísticas, ensinando sua abordagem de Ciência Goetheana. Sua paixão é desenvolver o que Goethe chamou de empiricismo delicado – uma abordagem que aprende a partir da natureza como compreendê-la e é cercada de uma percepção cautelosa de como nossas intenções e hábitos mentais afetam nosso entendimento. Craig estuda plantas e animais a partir dessa abordagem, contando suas histórias como organismos dinâmicos e integrais à ampla rede viva. Esses estudos, aliados a análises sobre o pensamento científico e novos desenvolvimentos nas ciências biológicas, buscam estimular uma transformação no pensamento e percepção humanos e um respeito profundo aos outros seres vivos. Autor de vários, livros, artigos e monografias, disponíveis no site do Instituto. Os livros mais recentes são: Seeing the Animal Whole—And Why It Matters, Do Frogs Come from Tadpoles? e Thinking Like a Plant.
Fotos divulgação: Vitor Barão
INSCRIÇÕES: link
1ª edição
35 vagas
Data: De 10 de agosto de 2022 a 16 de novembro de 2022.
Local: Online via Zoom.
Quando: 10,17,31 Ago, 14,28 Set, 12,26 Out, 09,16 Nov
Horário: quartas-feiras, das 17h00 às 18h30
Formato: 9 encontros quinzenais online com 1h30 de duração, via Zoom
*O grupo será composto de um mínimo de 25 e máximo de 35 participantes.*
Contribuição: Inclui o processo de tradução do livro + coordenação e facilitação dos encontros.
>>Contribuição mínima (R$160 por mês, total R$640): valor mínimo para participação, que nos permite cobrir os custos de realização do curso
>>Contribuição suporte (R$190 por mês, total R$760): cobre custos de realização do curso e suporta a viabilização de bolsas
>> Contribuição abundante (R$210 por mês, total R$840): cobre custos de realização do curso e suporta a viabilização de bolsas
>>Apoiador Escola Schumacher Brasil (R$250 por mês, total R$1.000): Suporta a sustentação de espaços de educação transformadora oferecidos pela Escola Schumacher Brasil
>>Contribuição com bolsa parcial (R$90 por mês, total R$360): Abriremos algumas vagas com bolsa parcial para pessoas engajadas na educação pública e/ou nos movimentos indígena, anti-racista e/ou LGBTQI+. Para mais informações sobre as bolsas entre em contato através do email: contato@escolaschumacherbrasil.com.br (*Não deixe de participar por questões financeiras, entre em contato com a gente)
INSCRIÇÕES: link
Status: Evento já realizado.