Gaia: Ciência e mito, para uma participação consciente no vir-a-ser do mundo
Dr Stephan Harding
em Gaia: Ciência e Mito
para uma participação consciente no vir-a-ser do mundo
A urgência da crise global nos obriga a revisitar e integrar a ciência e o mito de Gaia como parte de um processo de construção de um presente coerente com o que sabemos e podemos.
Na Grécia antiga a deusa Gaia é a Terra. Ela deu à luz ao céu estrelado e a todas as criaturas vivas, incluindo os seres humanos. Nossa Terra era vista como uma grande alma, como uma sagrada presença viva.
Infelizmente esta profunda apreciação à sacralidade da nossa Terra foi perdida pela modernidade. Nossa perda de conexão com Gaia é parte de uma separação muito maior entre os humanos e a natureza que levou nossa cultura a tão trágica e perigosamente despedaçar o mundo com poder destrutivo cada vez maior, desde que a revolução científica nos deu os meios para fazer isso nos séculos XVI e XVII.
E foi assim que Gaia definhou no limiar da consciência de nossa cultura por vinte séculos, durante os quais roubamos a Terra com rapidez exponencial em prol de nosso imperativo de dominar, governar e conquistar toda a natureza. Em meados da década de 1960 já havíamos empurrado Gaia para muito perto da beira da emergência climática e da catástrofe ecológica – e as coisas continuam piorando rapidamente.
Foi então – em meados da década de 1960 – que o cientista e inventor James Lovelock apresentou sua teoria de Gaia – a ideia científica de que a Terra se assemelha a um organismo vivo em escala planetária capaz de regular aspectos-chave de sua superfície (como temperatura e acidez) graças a feedbacks entre a soma de todas as formas de vida, rochas, atmosfera e águas.
A esta altura, o fundador da psicologia analítica Carl Jung já havia publicado seus trabalhos mais importantes e reveladores sobre alquimia e psicologia profunda, mostrando como a psique humana está enraizada nas profundezas da alma da natureza – conhecida por nossos ancestrais como anima mundi.
Estes encontros oferecerão aos participantes a oportunidade de expandir sua consciência das qualidades vivas e envolventes de nosso planeta, relacionando a teoria de Gaia de Lovelock com os profundos insights psicológicos de Jung, a fim de nos empoderar para uma participação consciente e ética no vir a ser do mundo.
No primeiro dia (03.nov) teremos a presença de Stephan Harding, que dará uma aula seguida de uma sessão de perguntas e respostas. No dia seguinte (04.nov), Rita Mendonça e Beatriz Tadema (professoras da Escola Schumacher Brasil) irão anfitriar uma sessão de reflexão com os participantes do encontro a partir do que foi explorado no dia anterior pelo prof Stephan Harding.
Quando: 03 e 04 de novembro (dia 3.nov com prof Stephan Harding e dia 4.nov com Rita Mendonça e Beatriz Tadema)
Horário: das 10h00 às 11h30 (horário de Brasilia)
Formato: online, via Zoom
A sessão com Stephan Harding contará a opção de tradução simultânea (inglês-português)
As sessões serão gravadas e disponibilizadas aos participantes.
Valor: Temos três possibilidades de contribuição, e algumas vagas com bolsa parcial
R$110: valor mínimo para participação, que nos permite cobrir os custos de realização do curso
R$140: cobre custos de realização do curso, suporta a viabilização de bolsas e remuneração do facilitador
R$165:cobre custos de realização do curso, suporta a viabilização de bolsas e remuneração do facilitador
R$70: Valor com bolsa parcial, para aqueles que não puderem cobrir os custos mínimos de participação no curso (vagas limitadas).
Sobre Stephan Harding: é doutor em ecologia pela Universidade de Oxford e pesquisador em Ecologia Profunda na Schumacher College, em Dartington, no Reino Unido. Ele coordenou o mestrado em Ciências Holísticas no College por quase 20 anos, sendo também o Ecologista Residente da instituição. Ele é autor de “Terra Viva: Ciência, Intuição e a Evolução de Gaia” e editor de “Grow Small Think Beautiful: Ideas for a Sustainable Planet from Schumacher College”.
Sobre Rita Mendonça: Educadora naturalista, dedica-se à facilitação da aprendizagem com a natureza. É co-fundadora do Instituto Romã, coordenadora no Brasil da Sharing Nature Worldwide, professora e membro do coletivo da Escola Schumacher Brasil e idealizadora e coordenadora do curso de pós graduação A Natureza que somos-filosofias e práticas para uma atuação genuína no mundo. É escritora tendo publicado diversos artigos e livros sobre filosofias e práticas da natureza.
Sobre Beatriz Tadema: Beatriz é mestra em Economia para Transição pelo Schumacher College (Inglaterra), onde trabalhou como facilitadora junto aos mestrados de Ciências Holísticas e Economia para Transição. Hoje à frente dos movimentos da Escola Schumacher Brasil, atua como professora, facilitadora e consultora. Sua atuação é focada em processos de organização humana a partir de uma abordagem fenomenológica. Desde 2019 Bia integra a Schumacher Worldwide Research in Action Community, onde atua como pesquisadora.